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SAÚDE INDÍGENA: Pesquisador do Nesp/UnB compartilha achados de investigação com representantes do Banco Mundial/ONU

Na tarde desta terça-feira, 26, o pesquisador do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade de Brasília (Nesp/ UnB) Roberto Carlos de Oliveira reuniu-se em Brasília com representantes de diversos setores do Banco Mundial da Organização das Nações Unidas no Brasil (ONU) para apresentar resultados de sua pesquisa ligada ao Observatório da Saúde Indígena (Nesp/UnB). Sob o título “Uso de Álcool entre o Povo Indígena Maxakali: Como as mulheres são afetadas?”, a atividade integrou a agenda do Banco Mundial sobre o Mês Internacional da Mulher por meio de um seminário “BBL” (Brown Bag Lunch), uma atividade na qual são compartilhados lições aprendidas e desafios sobre determinado tema.

Roberto Carlos de Oliveira, doutor em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais e pela Universidade McGill, explanou sobre a investigação realizada junto aos indígenas Maxakali e a relação desse povo com o uso do álcool. O estudo em questão demonstra padrões e contextos de consumo; problemas relacionados como: acidentes, violência doméstica, negligência, doença e morte; bem como a forma que afeta mulheres e os desafios que elas enfrentam.

O pesquisador destaca que o Banco financia projetos nas diversas áreas – social, jurídica, saúde, dentre outras – e é uma instituição de ensino também, pois os projetos que desenvolve em todo o mundo possuem fundamentação de pesquisa e são muito bem monitorados, avaliados e produzem conhecimento e que são compartilhados com todos, além da contribuição técnica da Instituição, que pode direcionar o desenvolvimento e a implementação de projetos, bem como financiá-los. Um exemplo citado por Roberto de Oliveira, foi a implementação do subsistema de saúde indígena e toda a estruturação das unidades básicas de saúde, formação e treinamento das equipes foi financiada pelo Banco Mundial.

As questões indígena e de gênero fazem parte do rol de políticas do Banco Mundial e de acordo com Isabella Micali Drossos, advogada sênior da instituição, por serem uma organização de desenvolvimento que inúmeras vezes são chamados a considerar a situação específica desses povos. “Temos uma política que prevê uma atenção particular para não excluirmos os indígenas dos benefícios dos projetos, que podem ser de educação, saúde, infraestrutura, agricultura, o que for”.

Sobre a questão de gênero, Drossos explica que ao longo dos anos foi verificado que os projetos não têm o efeito de gênero que deveriam ter e demonstrou-se também que países onde a igualdade de gênero é levada em consideração e é mais avançada, são países em que o desenvolvimento econômico e social é melhor. Para ela, a inclusão de mulheres em decisões, projetos, desenvolvimento econômico e social, traz benefícios para a sociedade muito além do que se pensa. “Além do quê, somos uma organização de luta contra a pobreza e a maioria dos pobres são mulheres. Ou seja, trabalhar sobre questões de gênero também tem efeito contra a pobreza”, afirma.

Roberto de Oliveira comentou que o compartilhamento das pesquisas e projetos do Observatório de Saúde Indígena com o Banco são ainda uma oportunidade de apresentar demandas advindas não apenas de acadêmicos, mas também de comunidades indígenas e dos serviços de saúde, como no caso da investigação junto aos Maxakali. “Dessa forma, há uma articulação na elaboração de projetos em que a academia pode colaborar com os povos indígenas e os serviços de saúde para suprir necessidades identificadas por eles”.

 

Por Ádria Albarado,

Comunicação Nesp/UnB

 

 

 
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Tempus

Tempus – Actas de Saúde Coletiva

ISSN 1982-8829

  • Use of therapeutic offices involving reading and dynamics as proposals for multiprofessional action in CAPS

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

  • Editorial

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