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Projeto Memórias: iniciativa propõe resgatar e documentar a memória das populações vulneráveis

Com o intuito de produzir conhecimento, aprimorar e fortalecer as políticas públicas das populações que fazem parte da Rede de Observatórios das Políticas de Promoção de Equidade em Saúde para o SUS, o Projeto Memórias inicia sua atuação de campo resgatando e documentando as identidades individuais e coletivas da população LGBT

Por Gabriela Lobato

Com o intuito de produzir conhecimento, aprimorar e fortalecer as políticas públicas das quatro populações que fazem parte da Rede de Observatórios das Políticas de Promoção de Equidade em Saúde para o SUS, iniciativa conjunta idealizada pelo Núcleo de Estudos em Saúde Pública do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NESP/CEAM/UnB) e pelo Departamento de Apoio à Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (DAGEP/MS), o Projeto Memórias inicia sua atuação de campo resgatando e documentando as identidades individuais e coletivas da população LGBT.

Cada observatório tem por finalidade gerar informações e conhecimento acerca das principais características que constituem a realidade das políticas de equidade das populações vulneráveis no âmbito do SUS. Assim, a intenção do projeto é trazer maior visibilidade a essas populações, resgatando o processo histórico-cultural de construção de identidades individuais e coletivas, respeitando a subjetividade, o lugar de fala do outro, e registrando, por intermédio de recursos audiovisuais e por meio de diálogos, da história oral, da transcrição e da análise dos discursos, a documentação dessas histórias.

O andamento

Devido ao material de pesquisa previamente levantado pelo NESP e também pela proximidade e envolvimento acadêmico dos integrantes do projeto com o tema, a equipe começou o trabalho de interlocução pelo Observatório de Saúde Integral da População LGBT. O mestrando em História e integrante do projeto, Henrique Medeiros, explica que a escolha deste tema a ser desenvolvido inicialmente não significa a ausência das demandas dos outros observatórios; pelo contrário, o conceito de interserccionalidade permeia toda a pesquisa.

No mês de junho de 2017, os pesquisadores do projeto realizaram a primeira saída de campo para a cidade de São Paulo. Na oportunidade, a equipe participou da 21ª Parada do Orgulho LGBT, considerada a maior do mundo e que nesta edição reuniu cerca de 3 milhões de participantes. Além da cobertura da Parada, os pesquisadores conheceram a Casa 1, espaço destinado a abrigar pessoas LGBT, no qual os acolhidos em sua grande maioria são pessoas negras, expulsas de seus lares, vítimas de perseguições ou em situação de rua.

Para Henrique, esse registro é um exemplo de tal interligação, na qual as linhas de pesquisa do projeto (Culturas e Identidades LGBT, Saúde e Esporte e LGBT e Negros LGBT) apresentam um diálogo permeado por conceitos de gênero, classe, raça e etnia que demandam a participação dos demais observatórios. Além disso, na ocasião do Encontro Nacional de Comitês das Políticas de Equidade e Educação Popular e da I Oficina de Planejamento da Rede de Observatórios de Políticas de Promoção de Equidade no SUS, ocorridos em abril de 2017, foi realizado o registro audiovisual dos coordenadores de cada observatório e dos movimentos sociais representantes de cada população para a construção do produto Vozes do Observatório que deverá ser lançado em breve.
A próxima parada da equipe será em Salvador onde ela se reunirá com pesquisadores do Grupo Gay da Bahia e discutirá temas como Negro e o Movimentos LGBT

Entenda a Rede

Atualmente, quatro observatórios integram a Rede: o Observatório da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (Obteia), o Observatório da Política Nacional de Saúde Integral da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, o Observatório da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e o Observatório da Política Nacional de Saúde Integral da População em Situação de Rua.
Além desses, está em andamento a inserção de dois novos observatórios à Rede, o de Educação Popular em Saúde, coordenado por Carlos Silvan, e o Observatório da Saúde da População Cigana, coordenado pelo Prof. Suderlan Sabino.

Edição: Tamires Marinho

 

 

 

 
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Tempus

Tempus – Actas de Saúde Coletiva

ISSN 1982-8829

  • Use of therapeutic offices involving reading and dynamics as proposals for multiprofessional action in CAPS

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

  • Editorial

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